Geramos realizações artísticas inovadoras, dinamizadoras das comunidades e mobilizadoras de novos públicos, fruto de processos de criação experimentais e inclusivos, que alimentam uma linha de pesquisa e de criação de pensamento e de conhecimento.

Geramos realizações artísticas inovadoras, fruto de processos de criação experimentais e inclusivos, que alimentam uma linha de pesquisa e de criação de pensamento e de conhecimento.

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NOVe é um laboratório de dramaturgia e criação performativa para os NOVos tempos. Os vídeos dos espetáculos do projeto NOVe reúnem-se aqui para visualização gratuita.

Reis’partam – O Aprendiz de Monarca

Criação/Interpretação: Tomás Seruca Bravo
Dramaturgia: Pedro Leitão
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

Perante o vazio de poder criado pela abdicação do Rei Mendo III, convidamos Vossas Excelências para vir presenciar a cerimónia da aclamação do novo Rei, que desempenhará as suas funções a partir do dia 30 de Setembro, servindo a nação perante o que está estabelecido na Constituição. Pedimos que sejam pontuais, como manda o protocolo e que se vistam de acordo com a formalidade da cerimónia.

ÁGAPE- APÓFASI

Criação/Interpretação: Leandro Araújo
Dramaturgia: Carlota Castro
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

É com a maior das honras que vos informamos que o banquete está quase finalizado. Será um evento social do qual não sairão indiferentes e onde, prometemos, toda a comida estará no ponto certo da confeção.
Relembramos que este é um encontro exclusivo, pelo que não aceitaremos intromissões. Tragam a vossa balança mais afinada. Todos os pratos estão incluídos, até os que não conseguirem comer.

Nenhuma vaca foi maltratada ou ferida na realização deste jantar.

ÁGAPE- APÓFASI

Criação/Interpretação: Leandro Araújo
Dramaturgia: Carlota Castro
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

Perante o vazio de poder criado pela abdicação do Rei Mendo III, convidamos Vossas Excelências para vir presenciar a cerimónia da aclamação do novo Rei, que desempenhará as suas funções a partir do dia 30 de Setembro, servindo a nação perante o que está estabelecido na Constituição. Pedimos que sejam pontuais, como manda o protocolo e que se vistam de acordo com a formalidade da cerimónia.

BICHO

Criação/Interpretação: Tavo Iván Romero
Dramaturgia: Pedro Guimarães
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

Um homem caminha em direção ao seu último ato: a liberdade. Sem tempo a perder, despede-se de seu número, das palavras que leu ao longo da vida, de seus amores e de sua digital. Ele preferia não ter de o fazer mas precisa ainda de nos convencer que a sua liberdade não devia nunca ter-lhe sido tirada.

BICHO

Criação/Interpretação: Tavo Iván Romero
Dramaturgia: Pedro Guimarães
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

Um homem caminha em direção ao seu último ato: a liberdade. Sem tempo a perder, despede-se de seu número, das palavras que leu ao longo da vida, de seus amores e de sua digital. Ele preferia não ter de o fazer mas precisa ainda de nos convencer que a sua liberdade não devia nunca ter-lhe sido tirada.

Sobre Leite Derramado

Criação/Interpretação: Filipa Fróis
Dramaturgia: Leonor Costa
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

Ela.
Vagueia dispersa por um supermercado como quem passeia numa mente desarrumada.
Conhece demasiado bem este lugar – na verdade nunca saiu de lá.
Num loop infinito perde-se pelos corredores uma e outra vez.
Não tinha ficado de fazer um bolo? Ainda há tempo, só mais uma volta.
Mais uma memória. Só uma não há de fazer mal.
Está tudo bem, memórias enchem mas não engordam.
Está tudo bem, os supermercados são mesmo feitos para nos confundir.

Criação/Interpretação: Filipa Fróis
Dramaturgia: Leonor Costa
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

Ela.
Vagueia dispersa por um supermercado como quem passeia numa mente desarrumada.
Conhece demasiado bem este lugar – na verdade nunca saiu de lá.
Num loop infinito perde-se pelos corredores uma e outra vez.
Não tinha ficado de fazer um bolo? Ainda há tempo, só mais uma volta.
Mais uma memória. Só uma não há de fazer mal.
Está tudo bem, memórias enchem mas não engordam.
Está tudo bem, os supermercados são mesmo feitos para nos confundir.

Nação Valente, Mas Mortal

Criação/Interpretação: Matilde Fachada
Dramaturgia: Zé Pedro
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

Mais um dia se passou e o problema continua: o gato Jeremias e o cão Zircónio não se entendem. Discutem selvaticamente a necessidade de um novo hino nacional. Por um lado, Jeremias defende a manutenção do hino, defendendo a sua dimensão simbólica e histórica que não pode nunca ser esquecida. Do lado oposto, Zircónio é a favor da revisão do hino, dadas as suas conotações colonialistas, patriarcais e racistas, perpetuadas ainda na nossa sociedade capitalista. No meio desta luta de cão e gato, encontra-se Beatriz, dona de ambos, que quer apenas resgatar algum sossego no aconchego do seu lar. Para tal, Beatriz propõe-se, com a ajuda do público, à estoica tarefa de criar um hino que agrade a todos: aquele que acalmará toda a bicharada. Mas será que a paz voltará aos serões da sua casa?

Criação/Interpretação: Matilde Fachada
Dramaturgia: Zé Pedro
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

Mais um dia se passou e o problema continua: o gato Jeremias e o cão Zircónio não se entendem. Discutem selvaticamente a necessidade de um novo hino nacional. Por um lado, Jeremias defende a manutenção do hino, defendendo a sua dimensão simbólica e histórica que não pode nunca ser esquecida. Do lado oposto, Zircónio é a favor da revisão do hino, dadas as suas conotações colonialistas, patriarcais e racistas, perpetuadas ainda na nossa sociedade capitalista. No meio desta luta de cão e gato, encontra-se Beatriz, dona de ambos, que quer apenas resgatar algum sossego no aconchego do seu lar. Para tal, Beatriz propõe-se, com a ajuda do público, à estoica tarefa de criar um hino que agrade a todos: aquele que acalmará toda a bicharada. Mas será que a paz voltará aos serões da sua casa?

Criação/Interpretação: Katarina Lanier
Dramaturgia: Carolina Andrade
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

Maria ou Mary é sobre um encontro, ou reencontro. Dois universos criadores em disputa. Este é um caminho dançante até Viseu, Mary perde-se para encontrar Maria, e Maria encontra-se ao perder Mary. Um desdobramento de identidades, numa estrada que pode ser portuguesa, mas que não tem de o ser. Maria ou Mary é um jogo confuso, o terror embrulhado, nove minutos distorcidos, são duas vozes gritantes na tentativa de reclamar algo que não lhes pertence.

Criação/Interpretação: Mariana Silva
Dramaturgia: Raquel Lima
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

Mariana aguarda na sala de espera de um laboratório de análises. No constrangimento deste pequeno lugar, o espetador testemunha o resultado dos exames que podem mudar o rumo dos seus dias.

Criação/Interpretação: José Dias
Dramaturgia: Afonso Molinar
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

Um homem com duas cabeças junta um grupo de amigos chegados numa reunião secreta para tomar uma decisão que poderá mudar o curso da história: fazer, ou não, a Revolução.

Criação/Interpretação: Maria Inês Peixoto
Dramaturgia: Diogo Graça Fouto
Direção Artística: Cristóvão Cunha, Graeme Pulleyn e Lígia Soares

O fundo do poço de Salomé está completamente seco e, por ser um poço, não encontra nenhum motivo para justificar a sua existência. Ao fundo do poço resta-lhe, efectivamente, esperar justificando a sua razão de existência. Em suma, podemos afirmar que a interioridade de Salomé assemelha-se com este mundo exposto – uma confusão total temperada de impotência, estagnação e alienação. Quando o fundo do poço permite ver o reflexo do rosto, Salomé tem um temperamento libertino e exuberante. Blimunda, mãe de Salomé, também apresentava esta interioridade complexa, mas a maturidade ensinou-lhe a gerir as águas. Toda esta elegância genial de Blimunda sustenta a incapacidade de Salomé em viver o luto.