Colheita de Deméter

Na “Sopa da Cura”, a sinfonia das árvores musicais cruza-se com a magia do fantasma da avó, que pela sua vez dá lugar ao renascimento das marionetas abandonadas e a cura da água e do amor. O mote é a escuta, é olharmos para as coisas e para as pessoas com olhos de ver e conseguirmos percepcionar o que nem sempre é evidente, para sabermos reconhecer a tristeza e caminhar em direção à felicidade.

A “Sopa da Família” é servida à volta, por cima, por baixo, à frente e atrás, de uma enorme mesa. Não há nada como uma boa refeição em família, especialmente quando a família é grande. Percussão, teatro físico e muitas perguntas são os ingredientes de uma receita festiva e sobretudo sentida, que está sempre em evolução. Na verdade, o que é que te alimenta?

“Anti-Sopa” é para quem não gosta de sopa, ou que ainda não encontrou a sopa que lhe sabe realmente bem. Numa “dispensa” que é uma clareira, à sombra de uma árvore centenária, por cima de penedos e muros, guardam-se ingredientes secretos do passado, do presente e do futuro. As sombras da noite dançam ao ritmo da percussão e das músicas ciganas. São corpos que voam, palavras que ecoam e sonhos que ressoam. Uma ode à amizade.