Teias & Odisseias

E se a protagonista da Odisseia fosse Penélope?

Três mulheres, três artistas, três sereias apresentam um espetáculo que é,
na verdade, uma coletânea de sete pequenos espetáculos, “curtas” de teatro e música para um público de crianças, jovens, e adultos de todas as idades e todos os feitios.

O palco para estas insólitas peças é uma pequena roulotte, também conhecida como: Teatro Mais Pequeno do Mundo. O que no exterior parece uma caravana antiga, no interior revela-se um verdadeiro teatro em miniatura com tudo o que um teatro deve ter: palco, plateia, primeiro balcão, performers e o mais importante de tudo o público.

A lotação máxima do pequeno teatro é de cerca de 20 lugares (dependendo
do tamanho dos espetadores). A ação acontece dentro, mas também à frente, atrás e por cima da caravana.

As peças são criações originais que cruzam alguns episódios da Odisseia de Homero com figuras femininas históricas, aventureiras, viajantes e até espias. E, acima de tudo, com pensamentos de hoje.

Teias e Odisseias é feito de perguntas: O que é ser aventureira? Para que serve viajar? Como posso explorar a exploradora que há em mim? Porque é que às vezes somos obrigadas a viajar para outro sítio contra a nossa vontade? Porque é que temos saudades de casa? Como enfrentar os monstros que nos esperam na jornada? Quem é que parte e quem é que fica e porquê? O que contar aos outros sobre as nossas viagens e o que guardar só para nós?

Mais do que um espetáculo Teias e Odisseias é um espaço de debate, uma casa- -espetáculo, com as portas e as janelas sempre abertas a novas ideias, onde todos têm direito à palavra, a partilhar a sua opinião, a ensaiar as suas próprias aventuras, a tecer novas odisseias, com novas heroínas reais e imaginárias.

Sobre o Teatro Mais Pequeno do Mundo

No verão de 2011 um grupo de artistas de teatro, dança e música juntou-se na Feira de São Mateus para dar início àquilo que viria a ser um dos projetos mais insólitos e duradouros de arte alternativa e popular em Portugal.

No meio de carrosséis, montanhas-russas e carrinhos, fizeram de uma pequena caravana um teatro em miniatura, o Teatro Mais Pequeno do Mundo com tudo a que um teatro tem direito, palco, plateia, primeiro balcão, artistas e muito público.

Nos anos que se seguiram, a caravana “Penélope” (assim a batizaram – já ninguém sabe bem porquê) viajou Portugal de lés a lés. Dezenas de artistas criaram centenas de micro-espetáculos para apresentarem a milhares de espetadores.

 De Serralves no Norte até à Gulbenkian no Sul, das aldeias do interior até às escolas do litoral, o Teatro Mais Pequeno do Mundo encantou, comoveu e desafiou públicos de todas as idades, com os seus espetáculos em miniatura, com toda a precisão, rigor e arte de um grande espetáculo condensado em pequenas pérolas performativas. 

A proximidade entre performer e espetador, a sensação de entrar num espaço casulo, a curta duração das peças, tudo contribui para uma experiência intensa e forte. Quem sai do Teatro Mais Pequeno do Mundo traz sempre um sorriso e uma vontade forte de voltar a entrar.